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  • Le Fort Bucomaxilo

Sou classe II (queixo para trás). Preciso fazer cirurgia Ortognática?

A última semana foi especial para o nosso blog. Praticamente quadriplicamos nossos acessos graças a vocês. Obrigado desde já pela confiança e esperamos ajudá- los ainda mais! Nossos assuntos da semana serão voltado aos dois tipos de deformidades dentofaciais comuns ao nosso dia a dia: o classe II e classe III. Separamos os temas a fim de explorarmos e torná- los didáticos! O paciente classe II é comumente identificado por ter o maxilar inferior (mandíbula) muito retraído (para trás), tornando praticamente uma linha contínua com o pescoço. Geralmente esses pacientes apresentam dificuldade respiratória em virtude da diminuição da via aérea, má oclusão, dores miofasciais e no arranjo interno da articulação têmporomandibular. Devido a pouca notoriedade da deformidade dentofacial e da possibilidade da correção cirúrgica, muitas vezes os pacientes são indicados pelos ortodontistas e/ou por pacientes que já foram indicados/submetidos a cirurgia Ortognática. De fato o paciente busca o serviço de Ortodontia acreditando na correção apenas pela utilização do aparelho, mas a correção das bases ósseas só são permitidas através do trabalho combinado entre o cirurgião Bucomaxilofacial e Ortodontistas.


Duas importantes vertentes da literatura científica mundial possuem divergências sobre a abordagem cirúrgica ou não das articulações temporomandibulares. Dr. Larry Wolford, pai da cirurgia Ortognática contemporânea, acredita que os pacientes classe II apresentam pouco desenvolvimento nos côndilos articulares (essas estruturas são os polos de crescimento da mandíbula), e a cirurgia Ortognática pode favorecer a problemas articulares futuros- muitos pacientes já apresentam sintomatologia na região e mal posicionamento do disco articular. Já o Dr. Arnet acredita que a cirurgia ortognática por si só não é responsável por causar problemas articulares, exceto nos pacientes que já têm problemas prévios. Sendo assim, não acredita na abordagem dos côndilos mandibulares como protocolo.

Em raros casos pontuais em que a deformidade é discreta e há a possibilidade de mascarar o problema somente com a ortodontia, o paciente pode optar pelo tratamento conservador não- cirúrgico. Mas tal decisão deve ser feita juntamente com seu ortodontista e em uma visita ao Cirurgião Bucomaxilofacial. A abordagem para o tratamento conservador pode dificultar ou até mesmo inviabilizar o tratamento cirúrgico posterior!



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